UFC: Charles do Bronx avalia erros e revela mudança para possível revanche com Topuria

 UFC: Charles do Bronx avalia erros e revela mudança para possível revanche com Topuria

Quase duas semanas depois de sofrer a derrota para Ilia Topuria e, consequentemente, deixar o cinturão do UFC escapar, Charles ‘do Bronx’ Oliveira passou por um momento de reflexão sobre quais foram seus erros no octógono e o que faria de diferente em caso de revanche.

O ex-campeão peso-leve perdeu a luta logo no primeiro round, ao sofrer o primeiro nocaute de sua carreira. Não foi um resultado fácil de digerir; o próprio Charles admitiu que chorou bastante, mas já teve tempo o suficiente para fazer uma auto avaliação.

Algo que foi bastante comentado foi o fato de que ele não seguiu o plano inicial de investir em chutes na canela e chutes frontais para manter a distância —mas isso não foi proposital.

“A luta me levou para outro rumo, acabei não fazendo nada do que tinha treinado, planejado, e foi para o jogo que ele queria. Mas faz parte, o MMA é imprevisível. Você piscou, o golpe entra. Começou a luta e eu estava esperando a mão dele para poder sair. No terceiro golpe que pegou, já cortou minha cara”, disse ele, em entrevista ao canal Laerte Viana na Área, no YouTube.

O brasileiro também reconheceu que estava diante de um adversário muito duro que, embora tivesse acabado de subir de categoria, era bastante perigoso. E mesmo reconhecendo o mérito do espanhol, o resultado não deixou de ser triste.

“Ele é muito bom, muito completo, bate, movimenta, sabe o que faz. Eu nunca tinha sofrido um nocaute. Fiquei triste, só queria vir embora. Mas do fundo do coração, eu tive tanta mensagem positiva, tanta gente me abraçando, elogiando… O aprendizado que eu venho levando é que eu só tenho que levantar a cabeça”, contou.

O que Charles do Bronx mudaria em uma revanche

Charles do Bronx, ex-campeão do UFC. Foto: Divulgação/UFC
Charles do Bronx, ex-campeão do UFC. Foto: Divulgação/UFC

Aos 35 anos, Charles vai continuar dentro do caminho para voltar a ser o campeão peso-leve. Para isso, é bastante possível que ele precise passar por uma revanche contra Ilia Topuria —mas depois da derrota, ele sabe como pode conseguir um resultado diferente e quais são as mudanças necessárias para isso.

“Não parar na frente dele, movimentar, chutar a panturrilha, manter a distância com meu frontal. Saber o timing de movimentação, entrada de cotovelo. No timing certo, entrar na queda, não embaixo, mas na cintura. Bater e sair. Coisas que eu deveria ter feito e não fiz”, admitiu.

Após 15 anos de carreira no UFC, momentos de altos e baixos e um recorde de finalizações e bônus, o ex-campeão acredita que mudar seu estilo de luta não é o melhor caminho, ao contrário do que muitos pensam e até sugerem.

“Não vou mudar meu estilo de luta, vou agregar coisas boas para evoluir, mas mudar meu estilo de luta por ter perdido? Não posso mudar, porque foi meu estilo que me trouxe aqui. A gente vai voltar melhor. Deus sabe de todas as coisas, então pode ter certeza que vou voltar para o cage, mas para um choro diferente, um choro de alegria e felicidade”, prometeu ele.

Charles do Bronx no Brasil?

Charles do Bronx em pesagem do UFC. Foto: Divulgação/UFC.

A última luta de Charles Oliveira no Brasil aconteceu em 2020, em Brasília, e sem a presença do público por causa da pandemia de Covid-19. E desde que conquistou o título, um ano mais tarde, ele ainda não teve oportunidade de voltar a lutar por aqui.

Mas com os rumores de uma possível Fight Night no Rio de Janeiro em 11 de outubro, uma luta principal, dependendo do adversário, é vista com bons olhos por ele.

“Quero lutar o quanto antes, estava pensando novembro ou dezembro, mas por que não no Brasil, perto das pessoas que eu amo? Sobre contra quem seria, é a incógnita. A gente tem que lutar com caras que vão me levar mais próximo do título. Uma ou duas lutas boas podem me levar de volta”, avaliou ele.

Oliveira já está se preparando para voltar à rotina de treinos, até para ajudar na preparação de outros nomes da Chute Boxe com lutas marcadas, como Norma Dumont. Então, ele já pode aproveitar para fazer uma preparação e já lutar em outubro.

Só que o brasileiro não aceitaria qualquer nome. Como terceiro colocado no ranking, aceitar enfrentar alguém que esteja muito para baixo só vai distanciá-lo do topo.

“Não estou aqui para tapar buraco, estou entre os grandes nomes da divisão. Tem que ser uma luta que faça sentido”, afirmou.

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