No “estica e puxa” com Eduardo Paes, maturidade de Castro fez a diferença

 No “estica e puxa” com Eduardo Paes, maturidade de Castro fez a diferença

Em tempos de pandemia o equilíbrio entre a economia e ações restritivas é um dos grandes desafios dos gestores públicos. Por vezes esse jogo de “estica e puxa” gera divergências. Foi o que ocorreu entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador em exercício Cláudio Castro.
Em um determinado momento, após o governador se reunir com representantes do comércio e buscar caminhos para evitar um lockdown total, Paes disparou e chamou a ideia do “feriadão” de CastroFolia.
Sem pegar pilha e demonstrando maturidade, Castro dialogou com correntes políticas, segmentos, autoridades em saúde. Reviu pontos e publicou o decreto.
Agora, já com os ânimos serenados, comentou:
— Tudo tranquilo. Eu não dei declaração nenhuma. Eu, simplesmente, tinha uma posição e eles tinham outra. Em uma determinada hora, eles resolveram fazer o anúncio deles sozinhos. É o direito deles, acho que é isso aí mesmo.
Castro lembrou que lida com dilemas como esse desde março do ano passado e que “quem está chegando, ou chegando de novo” talvez não esteja acostumado.
— Se alguém levou mais para o fígado, eu estou nesse debate de decreto desde março do ano passado. Às vezes quem está chegando, ou chegando de novo, agora, ainda não está acostumado de novo com esse estica e puxa dos decretos. Mas foi assim o tempo todo. A gente já tem uma curva de aprendizado nisso, às vezes um fica chateado aqui, outro fica ali. Acho hipernormal da democracia e da política.