Alerj vai votar projeto sugerido por mãe do menino Gui, portador de doença rara na pele

 Alerj vai votar projeto sugerido por mãe do menino Gui, portador de doença rara na pele

A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vai votar em regime de urgência, na próxima semana, o projeto de lei que cria o Programa de Assistência Especializada em Epidermólise Bolhosa (PAEEB). A medida foi proposta por Tayane Gandra Orrico, mãe do menino vascaíno Guilherme Gandra Moura, de 8 anos, o Gui, que ficou nacionalmente conhecido após passar 16 dias em coma por causa dessa enfermidade. Se aprovada, receberá o nome de Lei Gui.

Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, destacou a importância do diálogo entre o parlamento a e população para elaboração de projetos que transformam vidas.

O projeto, que chegou na Casa através do aplicativo LegislAqui, foi debatido em audiência pública, nesta segunda-feira (18/09), pelas comissões de Normas Internas e Proposições Externas, da Pessoa com Deficiência; e a de Saúde. Tayane frisou que a tramitação do texto é uma importante conquista, já que a epidermólise bolhosa era uma doença desconhecida.

“Dessa forma, a população passa a entender que, além de possuir feridas espalhadas pelo corpo, os pacientes convivem com dores e limitações, mas, acima de tudo, são seres humanos. Meu coração está transbordando de emoção porque esse projeto não vai beneficiar só o Gui, mas também 58 pacientes em tratamento no Estado do Rio. Os custos relacionados à epidermólise bolhosa são muito caros e o acesso à equipe multidisciplinar é muito difícil”, explicou.

O presidente da Comissão de Normas Internas, deputado Rodrigo Amorim (PTB), anunciou que a matéria será submetida à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual também é presidente, já na quarta-feira (20/09). Sendo assim, a previsão é de que o projeto de lei seja votado, no Plenário da Alerj, na próxima semana, em regime de urgência. O parlamentar se comprometeu em articular com os demais deputados para que não sejam propostas emendas, a fim de dar celeridade à tramitação.

“Vamos incluir, no orçamento estadual do ano que vem, uma rubrica específica para esse programa. Considero o texto muito bom e não vejo nenhuma dificuldade em aprová-lo. Será uma lei importante para ampliarmos o enfrentamento a essa doença. Também quero agradecer ao deputado Danniel Librelon, que é autor de um PL relacionado à epidermólise bolhosa, mas abriu mão do projeto para que continuássemos com a proposta da Tayane”, disse Amorim.

O superintendente de Perícia Médica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Carlos Eduardo Merenlender, afirmou que o órgão é integralmente favorável à aprovação da Lei Gui. Além disso, anunciou a implantação da Coordenadoria de Doenças Raras.

 

“A SES é favorável tanto à assistência quanto à pensão especial. É um número reduzido de pacientes em todo o Brasil, portanto, o impacto financeiro é desprezível dentro do orçamento estadual”, destacou Merenlender.

 

Palácio iluminado com borboletas

 

Na última sexta-feira, o Parlamento fluminense também protocolou a criação da Frente Parlamentar em Atenção às Doenças Raras no Estado do Rio. O grupo será coordenado pelo deputado Munir Neto (PSD). Durante a audiência, o chefe de gabinete da presidência da Alerj, Rafael Thompson, disse que no dia 25/10, data mundialmente dedicada à conscientização da epidermólise bolhosa, a fachada do Palácio Tiradentes será iluminada com borboletas, símbolo da prevenção à doença.

“O Palácio Tiradentes foi revitalizado e hoje é utilizado para homenagear essas datas. Nada mais justo que depois de uma audiência pública tão prestigiada e com tanta demanda, a gente possa iluminar, no dia 25 de outubro, a fachada do nosso prédio histórico”, frisou Thompson.

 

 

 

 

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *