Chefe da inteligência militar ucraniana afirma que houve tentativas de assassinar Putin
“É claro que não estamos falando em atacar por atacar de maneira simbólica, exemplar e isolada”, escreveu em sua conta na rede social X o assessor presidencial Mykhailo Podolyak, que geralmente se posiciona sobre questões ou circunstâncias sobre as quais o presidente Volodymyr Zelensky não fala diretamente. De acordo com o assessor presidencial ucraniano, a Ucrânia precisa da possibilidade de destruir “sistematicamente” a infraestrutura militar ou a infraestrutura relacionada ao esforço de guerra russo.
Entre os alvos prioritários, Podolyak mencionou as bases aéreas onde está localizada a aviação estratégica russa, de onde são lançados os mísseis contra o território ucraniano. O assessor de Zelensky também citou ataques à infraestrutura de produção militar russa como prioridade. “A estratégia correta envolve enfraquecer a Rússia de três maneiras: aumentando o custo da guerra, destruindo a logística e atrasando o fornecimento de recursos para o campo de batalha e, em geral, reduzindo os recursos” disponíveis para a Rússia, analisou.
A Ucrânia pede a seus aliados permissão para atacar alvos militares e estratégicos em todo o território russo para enfraquecer a máquina de guerra russa e neutralizar alguns dos ataques na origem. Em meados de junho, Kyiv recebeu permissão de alguns de seus aliados para atacar determinados alvos próximos à fronteira, mas a maioria dos governos da coalizão que apoia a Ucrânia continua a impor limitações rigorosas ao uso de suas armas em território inimigo. “Se quisermos vencer, se quisermos prevalecer, se quisermos salvar nosso país e defendê-lo, precisamos suspender todas [as limitações]”, declarou Zelensky em entrevista coletiva conjunta com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, à margem da cúpula da Otan em Washington.