Tragédia anunciada? Wladimir com R$ 3 bilhões em caixa não investiu nada na Defesa Civil

A tragédia em Santo Eduardo trouxe olhos para um problema que a cidade de Campos enfrenta há décadas, que é a falta de planejamento para enfrentamento de desastres naturais. A Prefeitura de Campos no ano de 2024, mesmo com milhões em caixa, ainda não investiu recursos na Secretaria de Defesa Civil.
O reflexo pode se ver no primeiro dia após a tragédia. Máquinas, sacolões, refeições e insumos distribuídos em Santo Eduardo foram doadas pelo Governo do Estado. O prefeito Wladimir Garotinho chegou a pedir doações de colchonetes, que custam em média R$ 32, já que a Prefeitura, com orçamento de R$ 3,1 bilhões não tinha colchonetes para as vítimas da enchente.
Para se ter uma ideia do desinteresse do poder público com a Defesa Civil, na Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano, que houve grande embate entre oposição e governo, o orçamento da Defesa Civil apontado pelo prefeito era de R$ 0. Com o embate, vereadores de oposição conseguiram alocar R$ 500 mil para a Defesa Civil. Porém, esse dinheiro ainda não foi utilizado.
Diversas cidades têm investido milhões em prevenção, equipando a Defesa Civil com tecnologia, barcos modernos, bombas de sucção, caminhonetes e itens para atender a população em casos de emergência. Porém, em Campos, os problemas crônicos permanecem. Além da tragédia em Santo Eduardo, diversas ruas da cidade alagadas. Em muitos casos fica nítido que o governo municipal não tem condições técnicas para entregar serviços básicos, como limpeza de bueiros e colocação de um sistema chamado “bueiro inteligente”, que consiste na instalação de uma caixa coletora que impede o entupimento das bocas de lobo.
É importante lembrar que o município tem em caixa uma quantia muito grande de dinheiro. O próprio prefeito admitiu recentemente ter recursos milionários guardados para casos excepcionais.