Turquia e Síria somam 36 mil mortes após terremoto; buscas chegam ao fim

O número de mortos após o terremoto que devastou a Turquia e parte da Síria passa de 36 mil, apontam dados da Organização Internacional de Gestão de Desastres e Ajuda da Turquia (Afad, na sigla em inglês). A fase de resgates está chegando ao fim e, agora, a urgência é o fornecimento de abrigo, comida, escola e assistência psicossocial.
De acordo com o chefe de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, o que impressionou foi o estrago em Aleppo, na Síria. Em seu Twitter, ele afirmou que houve uma falha nas ações de resgate no noroeste do país. “Eles se sentem abandonados, com razão”, disse.
No dia 6 de fevereiro, um terremoto de 7,8 graus de magnitude atingiu a Turquia e a Síria. Desde então, equipes de resgaste têm se empenhado em encontrar sobreviventes entre os escombros. Diversas nações, incluindo o Brasil, se mobilizaram e enviaram auxílio para o resgate das vítimas.
Com a falta de assistência na Síria, o temor é de que o número de vítimas possa dobrar. Pelas informações atuais, na Turquia, foram registradas pelo menos 31.643 mortes. No noroeste da Síria, região controlada por grupos rebeldes, mais de 3.200 pessoas perderam a vida, de acordo com os Capacetes Brancos, uma organização voluntária. Já na Síria controlada pelo governo de Bashar al-Assad, ao menos 1.414 pessoas.
Além de crianças, mulheres grávidas foram atingidas pela tragédia. De acordo com a ONU, mais de 215 mil mulheres grávidas foram afetadas pelos tremores na Turquia e na Síria. Muitas darão à luz no próximo mês.